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Como aspecto fundamental, destaca-se a relevância em possuir um time de trabalho que ajude as empresas a implementar uma cultura de transformação digital, na qual as metodologias e a mentalidade ágil são constantemente vivenciadas.
Por meio das plataformas digitais, tem-se a criação de um elo, estabelecido entre a empresa, o ecossistema e a sua rede relacional (parceiros, clientes e fornecedores), que pode também ajudar a empresa a manter um ciclo constante de desenvolvimento de valor, no contexto do dinamismo de mercado, que impõe um espírito de aprendizado e de transformação contínua às organizações.
A seguir, estão os elementos principais para que as organizações exponenciais busquem novos modelos de negócio, com o uso da inovação disruptiva digital.
A cultura é um dos pilares para a construção da inovação disruptiva digital. Então, possuir um propósito organizacional claro, que inspire as pessoas a nele se envolver, é visto como uma mola propulsora para o processo de transformação dos recursos organizacionais, em prol da criação de produtos e serviços que solucionem uma “dor da sociedade”, sendo a ótica do cliente vista como questão central nesse processo.
Esse contexto pode contribuir para o surgimento de novos modelos de negócio, que quebrem a lógica tradicional de mercado, e utilizem plataformas para exponenciar os resultados, fazendo surgir atributos disruptivos digitais, que ajudem a sanar essas “dores”.
Um ambiente onde o espírito de colaboração possa fluir, a partir de uma estrutura hierárquica horizontalizada, que seja mais propenso ao erro, como parte do aprendizado, e institucionalize metodologias para a transformação das capacidades dinâmicas e a criação dos atributos disruptivos, pode ser um catalisador desse processo.
A empresa deve ter maior clareza nos processos financeiros e no fluxo de caixa, facilitando o diálogo com o mercado financeiro e dando suporte aos investidores no processo de avaliação de novos modelos de negócio (Hogarth, 2017). Essa é uma das bases, por exemplo, para que startups possam escalar seu crescimento. A captação dos recursos financeiros pode auxiliar a empresa no seu processo de internacionalização, em especial, quando escalam seu negócio para outros mercados.
Possuir grupos de trabalho, que tenham autonomia para o desenvolvimento de novos projetos, é uma característica encontrada nas organizações exponencias e “unicórnios”, que utilizam modelos chamados de squads (que, analogicamente, são estruturados de forma similar às ministartups). Ou seja, trata-se de um grupo multifuncional ágil, com competências técnicas, habilidades e ferramentas para projetar, prototipar, testar e desenvolver novas funcionalidades, alinhadas à cultura da empresa.
Esse grupo de profissionais, em geral, desenha o projeto, cuida do seu desenvolvimento, da sua manutenção e dos resultados alcançados. As squads trabalham por temas e têm sinergia com os demais departamentos da organização, contando, inclusive, com um representante da área de negócios, que ajuda a estabelecer o elo com a necessidade do cliente.
As plataformas digitais têm o potencial de ajudar na autonomia desses grupos, na medida em que há agilidade no processo de coleta e de mensuração dos dados obtidos na jornada dos clientes, podendo servir de insumo para a tomada de decisões e a validação de novas ideias e ferramentas.
Nesse grupo de trabalho, não só as competências técnicas devem ser observadas, pois é necessário também um olhar especial, atento às chamadas soft skills – competências comportamentais avaliadas de acordo com o perfil almejado, como, por exemplo: cooperação, capacidade analítica, comunicação, grau de abertura a novas ideias, dentre outras. O papel do RH é igualmente relevante nesse contexto, pois ele tem o poder de mapear e de ajudar os líderes no processo de formação e de capacitação dessas equipes, por meio do mapeamento das competências técnicas (hard skills) e comportamentais (soft skills) dos colaboradores.
Segundo o conceito de Karimi e Walter (2015) é importante ter equipes de trabalho flexíveis, que testem novos modelos de negócio, em menor tempo e com baixos custos, a fim de validar as ideias disruptivas digitais. Em geral, organizações exponenciais, com atributos disruptivos de mercado, e muitas “unicórnios” utilizam essa prática, de maneira recorrente, metodologicamente aplicadas às squads, sobretudo com o uso das plataformas digitais na criação dos mínimos produtos viáveis (MVP) para teste, desenvolvimento e escalabilidade de produtos e serviços.
Sendo assim, uma vez testada e provada a existência de valor agregado, pelo uso das ferramentas ou dos produtos desenvolvidos, há rápido potencial de escalabilidade, isto é, de expansão para outros mercados, e mesmo países, pelo uso das plataformas digitais, o que permite a sua replicabilidade e o alcance do ponto de vista tecnológico.
Mais do que a tecnologia, deve-se buscar uma mentalidade ágil, com uma cultura para a inovação, onde o protagonismo humano se apresente como alicerce e inspiração para todo o processo de transformação digital da empresa. Assim, a tecnologia se torna um meio, e as ferramentas digitais podem contribuir para o desenvolvimento organizacional, mas só o farão se houver uma mentalidade de inovação na empresa, que precisa apoiar esse movimento, por meio dos seus valores, além de institucionalizar práticas e uma filosofia ágil, para ajudar no seu movimento de transformação.
A institucionalização de metodologias ágeis também é importante para testar novas ferramentas e modelos de negócio, em um menor tempo possível e com menor custo (mínimos produtos viáveis). Além disso, é uma maneira de estruturar os processos e o mindset.
De acordo com Zou (2017), a plataforma digital pode potencializar a rede de trabalho, gerar o efeito escala e dar ao consumidor a escolha de onde e quando consumir o produto/serviço. Isso se dá porque ela possibilita a conexão entre as empresas e um grande número de clientes, em tempo real. Então, de um lado, há a escolha do período temporal da utilização (quando será utilizado), que é prerrogativa do consumidor em vários serviços disponibilizados; e, do outro, o parceiro/colaborador que, muitas vezes, também faz essa escolha, definindo a sua escala de trabalho. A plataforma digital e os aplicativos, por conseguinte, unem os clientes e os provedores, cujas necessidades se cruzam naquele momento.
Uma vez testadas as novas funcionalidades, a plataforma digital permite a implementação da inovação em outros locais (algo que dificilmente seria possível pelos modelos de negócio tradicionais). Com o uso de aplicativos, aliado ao grande crescimento dos smartphones, há possibilidade de uma gigantesca rede de comunicação se formar com o mercado consumidor e o ecossistema, havendo, assim, a escalabilidade do modelo de negócio.
Possuir um time de trabalho, que ajude as empresas a implementar uma cultura de transformação digital, na qual as metodologias e a mentalidade ágil são constantemente vivenciadas, é fundamental.
As competências organizacionais, na era digital, demandam recursos humanos capazes de trabalhar em grupos multidisciplinares, e que colaborem para a construção da inovação disruptiva digital. O profissional deve estar aberto à apreensão de novas ferramentas e ao processo de aprendizado contínuo, bem como ao desenvolvimento de habilidades e competências (hard skills e soft skills), ao colaborativismo, além de ter flexibilidade, boa comunicação, capacidade de aprender com a diversidade e em ambientes complexos, e capacidade de lidar com eventuais frustrações.
No que tange à área de finanças, ela deve ser estruturada e profissional, para auxiliar a organização na busca por recursos financeiros dedicados ao processo de inovação, em um mercado que exige a demonstração da viabilidade do modelo de negócio e de como os recursos serão utilizados para ter a escalabilidade necessária à geração de retorno financeiro.
A visão de Simmons et al. (2013) ecoa com a prática das “unicórnios”, pois, com o advento dos novos modelos de negócio digital, foi relevante a essas organizações comunicar claramente a sua nova proposta de valor e os benefícios trazidos pela inovação digital, dirimindo dúvidas e atraindo clientes, por meio das potencialidades destacadas.
A partir do entendimento da jornada do consumidor na plataforma, as campanhas de marketing podem demonstrar as diversas soluções desenvolvidas, além de reforçar os valores organizacionais, aproximando empresa e cliente.
Ao auxiliar as empresas a se conectar ao ecossistema e à sua rede relacional, as plataformas digitais podem também gerar novas oportunidades de negócio.
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